sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

MASTITE

A Mastite - mamite, peito inchado, mal do úbere – é uma inflamação do úbere ou glândula mamária, causada por um ou mais diferentes tipos de microrganismos.
Vários são os agentes causadores das mastites, como os estreptococos, estafilococos, coliformes, pseudomonas, corinebactérias e leveduras. Em conseqüência de outras doenças, a mastite pode ocorrer em vacas com brucelose, tuberculose, leptospirose, febre aftosa, entre outras.
A mastite bovina é a doença que mais interfere na produção leiteira.
Ela pode tornar inviáveis para a produção leiteira vacas de excelente potencial. Perdas econômicas, baixa rentabilidade e a possibilidade de transmissão de doenças para o homem são as principais implicações sócio-econômicas das mastites.
A disseminação da mastite normalmente ocorre em conseqüência de práticas pouco higiênicas durante a ordenha. Máquina de ordenha e mãos de ordenhador que não são desinfectadas transportam germes de vacas infectadas – inclusive aquelas que aparentemente não apresentam qualquer problema – para as vacas sadias.
Como reconhecer
A sintomologia das mastites é bastante variável. Alguns animais exibem uma inflamação bem visível do úbere. Outros, mesmo por meio de um exame bem detalhado, não apresentam nenhuma característica visível da doença.
Um sinal importante para se detectar a mastite, talvez o principal, é a alteração que pode ocorrer no leite, como grumos, filamentos, cor diferente, pus, etc.
As mastites que já estão instaladas em um animal há algum tempo, ou mastites crônicas, são as que trazem mais prejuízos, já que seus sintomas são brandos e não identificados facilmente. O leite pode ou não apresentar alterações.
Nesses casos crônicos, mais "escondidos", só se começa a suspeitar de mastite quando o leite apresenta anormalidades. Para perceber grumos no leite é que se faz o teste da caneca telada (tamiz), coando os primeiros jatos de leite.
Outra forma de se perceber a ocorrência de mastite é por um teste conhecido como CMT (California Mastitis Test). Trata-se de uma prova em que mistura uma amostra de leite com um reagente específico. Conforme o aspecto da mistura, pode-se passar a suspeitar da doença.
Como tratar
Não há um tratamento único e eficaz para todas as mastites. As causas são tão diversas, que seria impossível indicar qualquer tratamento, sem uma investigação bem feita. Tratamentos errados são tremendamente prejudiciais. O que se sabe, com alguma certeza, é que qualquer tratamento dá melhores resultados quando feito em vacas secas. Vários são os produtos recomendados, mas quando o problema é mastite, a intervenção do veterinário é essencial.
Como evitar
Considerando a seriedade e as perdas econômicas que as mastites causam aos produtores de leite, o controle deve ser feito regularmente e com muita seriedade.
Em um programa para controle da mastite bovina, o principal é ter, na rotina, um bom manejo da criação e cuidados sanitários com bezerros, vacas em gestação, lactação e período seco, abrangendo as novilhas.
Os cuidados de higiene na ordenha são vitais. Destacamos os principais:
1. Úbere e mãos do ordenhador devem ser lavados e desinfetados antes de cada ordenha, enxutos com toalhas individuais descartáveis;
2. A prova da caneca telada deve ser feita a cada ordenha e o veterinário deverá ser consultado quando aparecerem alterações no leite;
3. As vacas afetadas devem ser separadas das sadias, agrupando-as de acordo com o grau de infecção. Ordenhe primeiro as sadias, passando para aquelas levemente afetadas e termine com as problemáticas;
4. Na ordenha mecânica, faça primeiramente a prova da caneca telada manualmente e só então passe a ordenha mecânica. Mantenha a ordenhadeira bem regulada, limpa e desinfetada antes de cada ordenha;
5. Cuidados devem ser tomados quando se introduzem novas vacas num rebanho sem mastite. Com uma boa produção de leite, essas vacas podem estar trazendo a mastite e contaminar todo rebanho. Faça um bom exame antes de comprar.
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LISTERIOSE

Dois quadros distintos são típicos da infecção pela bactéria Listeria monocytogenes: um com características neurológicas e outro em que abortamento é o principal sintoma.
A bactéria invade o organismo na maioria das vezes pela ingestão de alimentos contaminados. Entretanto, os animais podem adquirir a Listeriose por outras vias, como a respiratória, e parece haver alguma relação entre via de contaminação e os sintomas apresentados. A listeria em vacas doentes pode ser eliminada pelo leite durante longos período de tempo.
Como reconhecer
Os sintomas mais freqüentes são decorrentes da encefalite que a doença provoca. O animal doente caminha em círculos, sempre na mesma direção. Há febre, perda do apetite e cegueira. Poderá ser observada também paralisia dos músculos da mandíbula, olhos e orelhas, além de salivação e corrimento pelas narinas. Os sinais da enfermidade podem durar de 4 a 14 dias e a recuperação espontânea é rara, mas possível.
O abortamento, quando presente, ocorre no final da gestação. As encefalites e os abortamentos normalmente não ocorrem simultaneamente num mesmo rebanho.
Como tratar
Podem ser usados de maneira eficaz os antibióticos de amplo espectro. A administração de água e soro é necessária em animais que apresentam dificuldade para comer e beber. Os animais em tratamento devem ser mantidos isolados em lugares frescos e devem ser evitados os manejos.
Como evitar
Os resultados das vacinações têm-se mostrado muito variáveis. Assim, devem-se adotar certos cuidados para se evitar a contaminação de alimentos pelos animais doentes, isolando os animais suspeitos e desinfetando os locais contaminados.
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LEUCOSE BOVINA

A Leucose Bovina é uma virose cuja transmissão se dá principalmente pelo uso de agulhas contaminadas com sangue de animais infectados. Sabe-se também, que o leite das matrizes contaminadas podem infectar seus bezerros e, é possível que os fetos possam infectar-se já na vida uterina. Assim como vírus da Anemia Infecciosa Equina, este também se parece muito com o vírus da AIDS.
Como reconhecer
A grande maioria dos animais infectados passa a vida toda sem apresentar quaisquer sintomas. Mas quando estes aparecem, em geral, acometem, animais mais erados, com 5 anos de idade. Aparecem então, tumores em vários órgãos como coração, abomaso, baço e gânglios linfáticos.
A presença dos tumores pode provocar os mais variados sintomas, dependendo do órgão afetado. Podemos encontrar distúrbios digestivos (diarréia, empanzinamento), distúrbios respiratórios (tosse, respiração difícil), sinais de insuficiência cardíaca, aumento generalizado dos gânglios, infertilidade, perda de peso, diminuição da produção leiteira e até mesmo paralisia dos membros posteriores.
Existe a possibilidade de se fazer um exame de sangue para saber se o animal está infectado pelo vírus. Este exame, porém, não indica se o animal está com a doença (tumores), já que a maioria dos animais que se infecta não desenvolve sintomas.
Como tratar
Não existe tratamento para a leucose bovina.
Como evitar
Como não existe vacina contra leucose, o ideal é adotar as seguintes medidas para bloquear a transmissão:
1. Desinfectar as agulhas de injeção ou usar agulhas descartáveis;
2. Só utilizar animais sabidamente sadios como doadores de sangue para transfusões e pré-munições;
3. Não alimentar os bezerros com leite de fêmeas positivas para leucose bovina;
4. Dentro das possibilidades reais de propriedade, procurar descartar os animais positivos ou suspeitos;
5. Tomar cuidado na aquisição de novos animais.
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LEPTOSPIROSE

A Leptospirose bovina ocupa posição de destaque entre as doenças infecciosas que atingem a esfera reprodutiva dos bovinos. É responsável por elevados prejuízos econômicos devido aos abortamentos, nascimentos de bezerros mortos ou morte de recém-nascidos. Fertilidade e produção leiteira também sofre quedas.
A doença é uma zoonose, isto é, pode ser transmitida para humanos.
O agente causador dessa doença são bactérias conhecidas por leptospiras. Tais bactérias são capazes de penetrar ativamente através dos olhos, aparelho digestivo, respiratório e genital. Penetra também pela pele ferida ou íntegra, em condições especiais, como quando se permanece por muito tempo em contato com águas contaminadas.
A transmissão se dá pela contaminação de água e alimentos pela urina de animais infectados (os próprios bovinos, suínos, outros animais domésticos e, muito freqüentemente, roedores).
Como reconhecer
Os sinais mais freqüentes da leptospirose em bovinos são febre, anemia e abortamentos no período final da gestação. Lesões do rim também são observadas. Em vacas leiteiras poderá ocorrer infecção da glândula mamária, que pode evoluir para uma mastite.
O diagnóstico se faz basicamente pela identificação dos sintomas, mas requer constatação por exames laboratoriais. Esses exames são realizados no sangue coletado de animais suspeitos e pelo isolamento e identificação do micro-organismo a partir de outros materiais coletados. Considerando que nas fêmeas os principais sintomas são o abortamento e a infertilidade, é conveniente fazer o diagnostico diferencial com outras doenças como brucelose, doenças carências, etc.
Como tratar
Os animais que forem identificados como positivos pelos exames laboratoriais devem ser separados do rebanho, podendo ser descartados (abate) ou tratados com antibióticos injetáveis. É sempre importante nestes casos o acompanhamento do médico veterinário.
Como evitar
O controle da leptospirose animal deve basear-se em três pontos:
1. Eliminação ou isolamento de animais infectados e controle da população de roedores;
2. Proteção dos alimentos e aguadas do contato com a urina de animais infectados;
3. Imunização dos animais sadios com de vacinas polivalentes.
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INDIGESTÕES

O sistema digestivo dos bovinos, assim como o dos demais ruminantes, é algo de espetacular. Ao longo dos milhares de anos de sua evolução, esses animais desenvolveram a capacidade de transformar alimentos grosseiros e de baixa qualidade, em proteínas delicadas e de elevado teor nutritivo.
Essa capacidade deve-se basicamente ao fato de o estômago dos bovinos ser divido em quatro compartimentos. Nos três primeiros compartimentos (rúmen, retículo e omaso) todo alimento ingerido fica em constante movimentação, indo e voltando à boca do animal sucessivas vezes. Esse processo faz com que o animal vá triturando a massa alimentar e misturando com saliva.
Toda essa massa serve para que vários tipos de microrganismos benéficos ao animal se proliferem. Como se pode ver, nem todo microrganismo é prejudicial ao animal. No fundo, tudo que um bovino come nada mais é do que a matéria-prima para o desenvolvimento de microrganismos.
O bovino, na realidade, digere os microrganismos e não o capim que come. São esses microrganismos que serão levados ao quarto compartimento (abomaso) na forma de um suco estomacal. Aí suas proteínas são digeridas e servem de alimento para o bovino.
Por isso tudo, todo o funcionamento do sistema digestivo visa manter as melhores condições para a proliferação desta população microbiana. Qualquer pertubação nestas condições pode causar uma disfunção digestiva.
As Indigestões nos bovinos são causadas pelo tipo ou quantidade de alimento ingerido. São inúmeras as formas de indigestões nos bovinos. As mais frequentes são:
1. Empanzinamento: quando o animal ingere quantidade excessiva de alimentos, sobretudo ração;
2. Acidose lática: quando o animal ingere dietas ricas em grãos;
3. Reticulite traumática: quando o animal ingere pregos ou outros metais pontiagudos, como pedaços de arame;
4. Alcalose ruminal: quando o animal ingere quantidades excessivas de alimentos muito alcalinos, como uréia ou silagens apodrecidas;
5. Timpanismo ou meteorismo: quando ocorre o acúmulo de gás no rúmen, por diversos motivos.
Como reconhecer
Apesar de as indigestões poderem ocorrer em bovinos de corte mantidos a pasto, são essencialmente uma doença de animais confinados ou estabulados. São assim, muito comuns em gado leiteiro ou em bovinos de confinamentos.
Os sintomas variam muito de acordo com o tipo de indigestão. Todavia, a dilatação do abdômen é o sintoma mais frequente. Os tratadores normalmente dizem que "a vaca está estufada" ou algo parecido. Alguns quadros, como a reticulite traumática, podem também ser extremamente dolorosos.
Os animais podem se mostrar apáticos ou prostrados e, dependendo do tipo de ingestão, podem até morrer.
Como tratar
Naturalmente não existe uma maneira simples de se tratar todas as indigestões dos bovinos. Depende muito do tipo de indigestão. Existem alguns medicamentos que podem ser administrados pela boca do animal para ajustar a acidez dos estômagos ou para facilitar a eliminação dos gases. Em alguns casos pode ser necessária a intervenção direta de um veterinário para que seja feito rapidamente o alívio da pressão no interior do estômago, quer seja pela passagem de sondas ou mesma por cirurgias abdominais.
Como evitar
A alimentação de animais estabulados ou confinados deve ser bem balanceada e calculada por um técnico especializado. Muitos criadores, na expectativa de verem seus animais engordarem e crescerem rapidamente, abusam das rações, fato que pode trazer conseqüências sérias. O oposto também é problemático, isto é, alimentação de baixa qualidade, como palhas e sabugos, também pode provocar problemas.
A qualidade de silagem deve ser verificada, principalmente aquela que vem das paredes do silo, pois pode estar podre.
Outro aspecto importante é o controle de metais pontiagudos. Todos os veterinários de campo se cansam de operar vacas para remover pregos e pedaços de arame de seus estômagos. Ao construírem cercas, os funcionários de uma fazenda utilizam grande quantidade de pregos e arames. É muito comum não recolherem o material não aproveitado e abandonarem nas proximidades restos desses materiais. Essa conduta desleixada pode trazer conseqüências trágicas para o gado.
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GANGRENA GASOSA

A Gangrena Gasosa é uma doença causada por uma bactéria, o Clostridium septicum, geralmente associado a outras espécies de clostrídios. Trata-se de uma enfermidade comum a vários animais domésticos e caracteriza-se por afetar o tecido que se encontra sob a pele dos animais, onde provoca a formação de gases. A doença ocorre devido a contaminação de qualquer ferida pelos agentes causadores. Geralmente é fatal.
A transmissão em geral ocorre por contato direto de pele lesada com materiais contaminados (terra, fezes, etc). a infecção pela boca é viável, porém menos comum.
Como reconhecer
O animal doente apresenta apatia, perda de apetite, febre e alterações respiratórias. No local da lesão há um aumento de volume das bolhas de gases podem ser sentidas na palpação. Nestes pontos pode ocorrer a saída de um líquido de cor escura e cheiro fétido. Nos casos em que suspeita da doença, deve-se buscar auxílio veterinário que encaminhará material para exames laboratoriais e fará diagnóstico diferencial com outras enfermidades.
Como tratar
A maioria dos tratamentos não é bem sucedida, mas de qualquer forma deve-se buscar a orientação de um médico veterinário.
Como evitar
Para a prevenção dessa doença, recomenda-se a vacinação dos animais jovens entre 4 a 6 meses de idade e a revacinação anualmente. Em áreas em que a doença ocorra sistematicamente, os animais devem ser revacinados antes do desmame e de castrações.

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FOTOSSENSIBILIZAÇÃO

Sol e clorofila: os responsáveis por esta doença de grande interesse veterinário.
A clorofila existe nas plantas que os animais ingerem e normalmente é metabolizada no fígado. Se este órgão apresentar certos tipos de lesões, pode ocorrer um acúmulo de clorofila na pele causando o quadro de Fotossensibilização.
A causa mais frequente destas lesões do fígado é a intoxicação pela esporodesmina, uma toxina produzida por fungo que se desenvolve principalmente em pastagens de Brachiária Decubens.
Vale a pena ressaltar que outros quadros de lesão do fígado podem provocar a fotossensibilização, mas devido a grande utilização da braquiária em nossas criações, a intoxicação por esporodesmina torna-se particularmente importante.
Como reconhecer
As partes brancas dos animais afetados começam a ficar avermelhadas. O processo evolui até a morte do tecido cutâneo que resseca e começa a "descascar". A descrição mais próxima do quadro que se vê é o da uma arvore perdendo a casca. Não é difícil identificar.
As bicheiras, sempre oportunistas, não raro se instalam sobre a lesão.
Como tratar
A primeira providência é proteger o animal da incidência direta dos raios solares, mantendo-o em áreas bem sombreadas. De resto, é simplesmente tratar as lesões com soluções ou pomadas antissépticas.
Como evitar
Não é preciso pensar muito para perceber que não dá para recomendar a eliminação de pastagens de Brachiária Decumbens no Brasil. Além de pouco prático e totalmente antieconômico, estaríamos diante de uma missão impossível, pois o capim mais utilizado no país é muito resistente e se dissemina com extrema velocidade.
Mas há soluções viáveis: mantendo baixo seu pasto de Brachiária Decumbens você estará evitando o desenvolvimento do fungo que produz a esporodesmina e que provoca a fotossensibilização. Isso você pode conseguir com o pastoreio intensivo. De qualquer modo, quando você for formar um pasto novo, pense bem em que capim você deve plantar.
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FEBRE DO LEITE

Ao longo dos últimos séculos, o bovinos leiteiros foram submetidos a um intenso processo de seleção genética, para fazer com que produzissem cada vez mais leite. Hoje não é difícil encontrar animais que produzam mais de 50 litros por dia, uma quantidade várias vezes superior às necessidades alimentares de seu bezerro.
As alterações que o bovino sofreu em seu organismo para atingir tal capacidade produtiva implicaram em alguns problemas em seu funcionamento normal. Alguns distúrbios neste funcionamento passaram a acontecer, sobretudo, em vacas de alta produção leiteira.
Hipocalcemia e acetonemia são os termos técnicos adequados para se referir a estes distúrbios.
Febre do Leite, na realidade, é um termo impróprio, pois nestes nem ocorre febre.
Basicamente o que ocorre nessas doenças é que em determinadas condições, a glicose e o cálcio não conseguem ser supridos nas quantidades requeridas por animais de alta produção leiteira. A falta destes nutrientes acaba por provocar problemas que se manifestam principalmente no sistema nervoso do animal. Vêm daí os sintomas mais marcantes da doença.
Como reconhecer
Os sintomas aparecem nas primeiras semanas de lactação. O quadro começa com a perda do apetite, aparecimento de tremores, convulsões e até cegueira. A evolução pode levar à morte.
Como tratar
Apesar da hipocalcemia e da acetonemia serem sintomatologicamente muito semelhantes, o tratamento é completamente diferente. A hipocalcemia deve ser tratada com a aplicação de soluções de cálcio e responde prontamente a esta terapia. A acetonemia, ao contrário, dificilmente responde ao tratamento. Neste caso, a indicação é o uso de soluções de glicose ou outras fontes de energia.
Como evitar
Infelizmente, muito pouco pode ser feito para prevenir o aparecimento de doenças metabólicas. Ao longo dos anos, pode-se selecionar animais mais resistentes ou que não tem histórico da ocorrência dessas doenças. Efetivamente, o que pode ser feito é garantir que se tenha na propriedade soluções de cálcio e glicose para serem usadas prontamente, sempre respeitando a indicação do veterinário e o prazo de validade do produto.
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FEBRE AFTOSA

A Febre Aftosa ainda é o grande problema da pecuária brasileira. Só que hoje, mais do que uma doença do gado, ela é a doença de um país. É bem possível que o jovem criador ou o peão nunca tenham visto uma vaca "afetada" (assim se denominavam os animais com sintomas de aftosa). Afinal de contas, são mais de 30 anos de vacinação obrigatória.
A febre aftosa é causada por um dos menores vírus encontrados na natureza (aftovirus). Sua capacidade de disseminação é impressionante: pela água, com os ventos, na sola da bota, na roda do caminhão e principalmente de animal para animal.
Bovinos, cabras, ovelhas e porcos transmitem entre si a doença. Nesta lista também entram vários animais da fauna brasileira, como o veado, a capivara, porcos do mato, entre outros.
Atenção: o homem não está na lista. O vírus da febre aftosa não consegue infectar as nossas células. Existe sim, uma doença bastante comum, chamada Estomatite Herpética Aftosa que provoca aftas na boca do humano que é causada por outro vírus completamente diferente.
A saliva do animal doente não é a única fonte de vírus para o ambiente, mas com certeza é a mais potente. Em geral é ela que contamina caminhões, aguadas, instalações, currais, cochos de sal e ainda gera gotículas que facilitam a disseminação de animal para animal.
Como reconhecer

Febre é o primeiro sintoma. Quem lida com o rebanho percebe logo no começo do surto a presença de animais arrepiados, tristes, diferentes. Logo começam a surgir as aftas (na verdade vesículas) na boca, língua, gengiva, nos cascos, úbere, vulva, etc. Estas vesículas são bolhas cheias de líquido muito rico em vírus.

As conseqüências dessas lesões são sérias. As feridas nos cascos e na boca, junto com a febre, vão impedir o animal de pastar. Há perda de peso em torno de 10 a 15% e a quebra d leite pode ser de até 60%. Além disso, leva de 4 a 6 meses para o animal recuperar seu potencial de conversão alimentar, reprodução e fertilidade.
Esses sintomas são quase inconfundíveis, porque existem outras doenças que podem levar a quadros muito semelhantes, como a Estomatite Vesicular e a Rinotraqueíte Infecciosa dos Bovinos (IBR). O diagnóstico diferencial, portanto, é muito importante. À medida que a erradicação evolui, torna-se cada vez mais vital fazer a identificação correta.
Mandar material para o laboratório é fundamental. Seu veterinário saberá como coletar e para onde mandar as amostras. Não deixe de fazê-lo.
Como tratar
O tratamento deve ser feito com a aplicação de soluções antissépticas nas feridas da boca e úbere. Os cascos, se possível, devem ser protegidos com bandagens. Os animais em tratamento porém, devem ser rigorosamente isolados pois são em fonte de infecção para outros animais.
Como evitar
Hoje em dia combater a aftosa é uma questão de consciência. A erradicação na sua propriedade e no país vai acontecer quando duas medidas básicas se tornarem automáticas: vacinação e vigilância sanitária.
Com relação às vacinas, o criador pode ficar tranquilo. O controle rígido do governo e a busca da qualidade dos laboratórios fizeram com que o pecuarista tivesse à disposição as vacinas mais cuidadosamente produzidas no mercado. O esquema para manter o rebanho protegido deve seguir algumas regras:
1. Mantenha as matrizes sempre bem imunizadas para ter bezerros protegidos;
2. Vacine os bezerros aos 4 meses de idade e dê o reforço 90 dias depois;
3. Revacine todos os animais a cada 6 meses.
Para maior segurança, faça uma vacinação extra de seus animais que vão a leilões, feiras e exposições. Nessas ocasiões o gado poderá estar entrando em contato com os animais não protegidos, que podem estar incubando a doença. Nunca deixe para vacinar na hora do evento.
Animais recém-nascidos devem ser vacinados e ficar isolados do resto do rebanho por aproximadamente 15 dias, especialmente em se tratando de novilhas e garrotes.
A critério das autoridades sanitárias e, sob a responsabilidade delas, poderão ser adotados outros esquemas de vacinação.
No que diz respeito à Vigilância Sanitária todos sabem que é uma função do governo, mas a responsabilidade é de todos. Nos últimos anos, a cooperação entre produtores, empresas privadas e órgãos oficiais tem sido motivo de excelentes resultados no campo.
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ENTERETOXEMIA BOVINA

A Enterotoxemia é uma doença causada pelo Clostridium perfringens e pode ocorrer em animais jovens e adultos. A bactéria causadora da doença pode ocorrer sozinha ou associada a outras bactérias semelhantes. Infecta o animal por via oral, com alimentos contaminados. A partir daí, ela se instala no intestino do animal e, em condições favoráveis, multiplica-se intensamente produzindo grande quantidade de toxinas.
Essa infecção ocorre com maior freqüência entre 1 a 3 anos de idade comumente nos animais mais vigorosos do rebanho, independente da raça.
Como reconhecer
A doença costuma acontecer no início da estação chuvosa. Muitas vezes ocorre após situações de estresse metabólico – como os provocados por alterações bruscas de alimentação.
O processo inicia-se com a diminuição do apetite e dificuldade de locomoção. A evolução passa por uma intensa prostração e o animal tende a ficar apenas deitado. A morte é quase inevitável.
Em casos de evolução mais lenta pode ocorrer diarréia com grande quantidade de sangue. Os animais, todavia, mantêm-se conscientes até o final do processo.
Sempre que possível, a confirmação laboratorial deverá ser feita através da identificação da toxina e do agente. O material para diagnóstico laboratorial deverá ser coletado no máximo até quatro horas após a morte do animal. No entanto, resultados negativos nesse material não excluem a possibilidade da ocorrência da doença, devido muitas vezes às quantidades pequenas de toxinas livres.
Os sintomas da enterotoxemia são semelhantes aos do botulismo. Além disso, pode ocorrer a associação das duas enfermidades. Mas o diagnóstico diferencial não deve para por aí, pois raiva e intoxicação por algumas plantas levam a quadros parecidos.
Como tratar
O tratamento geralmente é ineficaz. Normalmente não há tempo. Quando disponível, recomenda-se a utilização de soro hiperimune. Na impossibilidade de utilização desse soro, antibióticos poderiam ser recomendados. Os resultados, no entanto, são duvidosos.
Como evitar
A medida preventiva mais indicada para enterotoxemia é a vacinação. A primeira aplicação deve ser feita no desmame, seguida de um reforço após quatro semanas. As revacinações são anuais. Vacas prenhes devem receber uma dose no último terço da gestação, visando à proteção aos bezerros.
As carcaças dos animais mortos por enterotoxemia devem ser queimadas ou enterradas profundamente para reduzir a disseminação do agente.
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DIARRÉIA

Todo criador sabe da importância das Diarréias de bezerros sobre a lucratividade da empresa rural. Além das perdas imediatas – às vezes até com mortalidade – as diarréias atrasam o crescimento dos bezerros, atrapalhando todas as fases subsequentes da criação.
Em princípio, a diarréia não é uma doença por si só. Na verdade, ela é um sintoma, um sinal comum a diversas doenças. Na prática, não é fácil determinar com exatidão qual a doença está acometendo animal com diarréia, até porque, muitas vezes, mais de um agente está envolvido simultaneamente. De qualquer maneira, uma grande quantidade de bactérias (Escherichia coli, Salmonella spp), vírus (Rotavirus, Coronavirus) e Protozoários (Coccidia, Eimeria) estão envolvidos nos quadros de diarréia.
Existe, entretanto, certa predisposição para determinados agentes em função da idade do bezerro. Na primeira semana de vida, as diarréias causadas por E.coli e Rotavirus são mais freqüentes. Diarréias por Salmonella spp ou paratifo ocorrem mais freqüentemente em animais com duas ou mais semanas de idade. A coccidiose costuma aparecer em bezerros mais de um mês de idade.
Diárreias de origem nutricional também podem ocorrer. Em animais jovens estão relacionadas à excessiva ingestão de leite. Em adultos pode ocorrer quando os animais são colocados em pastagem jovem, rica em brotos (diarréia da brota).
A doença é extremamente comum em bezerros criados confinados em bezerreiros. Mas também ocorre em gado de corte criado em campo.
A diarréia aparece com mais facilidade em bezerros debilitados ou submetidos à falta de higiene. Em bezerreiros úmidos e superlotados a multiplicação dos agentes agressores é bastante favorecida e o desafio ao organismo do bezerro aumenta.
Mas o aparecimento da doença depende muito da capacidade de defesa dos animais. Falta de colostro, desnutrição, altas cargas de parasitas debilitam o animal e facilitam o desencadeamento dos sintomas.
Como reconhecer
Em geral, antes do aparecimento da diarréia, os bezerros passam por um período de falta de apetite e depressão. Então as fezes apresentam-se ligeiramente pastosas ou mesmo aquosas e os bezerros já relutam em se alimentar. Às vezes a febre aparece.
Esse quadro, onde há perdas e não há reposição, leva a uma das principais conseqüências das diarréias: a desidratação que torna a pele ressecada e sem elasticidade, olhos profundos e uma marcante apatia.
Em casos graves, o animal pode ficar permanentemente deitado e com as extremidades dos membros frias. Algumas diarrérias evoluem para a evacuação de sangue puro, dependendo principalmente da agressividade do agente causador.
Como tratar
A primeira medida deve ser a reposição de água e de eletrólitos. A reidratação é sem dúvida o ponto principal do tratamento das diarréias. Algumas drogas, porém, podem ser administradas sob indicação do veterinário, como sulfas, antibióticos e protetores de mucosa. Animais jovens com diarréias severas devem ter o fornecimento de leite temporariamente suprimido. Nesses casos, a aplicação de soluções com glicose é indicada como suporte. O leite deve voltar a ser administrado aos poucos, diluído na solução hidratante em concentrações gradativamente maiores.
Como evitar
A umidade é uma das grandes inimigas da saúde dos bezerros de maneira geral. Não há como manter bezerros sadios em ambientes muito úmidos. Por isso, recomenda-se que os bezerros estabulados sejam mantidos em bezerreiros suspensos sobre estrados, de forma a garantir que fiquem secos.
Há problemas com instalações cimentadas, pois precisam ser lavadas constantemente e a água da lavagem torna o ambiente úmido, o que não é desejável.
As cabaninhas móveis para bezerros só devem ser usadas se forem realmente mudadas diariamente de lugar, para que o chão permaneça limpo e seco.
A quantidade de animais no bezerreiro deve ser controlada. A superpopulação é um importante fator de estresse. O ideal seriam que os bezerros fossem mantidos em bezerreiros individuais e sobre estrado.
Os cuidados recomendados para recém-nascidos devem ser seguidos à risca: a administração do colostro nas primeiras horas da vida e o tratamento adequado do umbigo desses animais são vitais para que o estado geral dos bezerro seja bom.
Algumas vacinas podem ser empregadas para determinados agentes.
Matrizes no último terço da gestação devem ser vacinadas contra paratifo, colibacilose e rotavirose. Os bezerros serão imunizados de acordo com o esquema recomendado para cada uma dessas enfermidades.
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CARRAPATO

A doença causada pelo Carrapato já foi chamada de "a doença de um bilhão de dólares" por causa dos imensos prejuízos econômicos que acarreta. Além da perda de apetite, em virtude da irritação, o carrapato pode causar sérios prejuízos devido à transmissão de outras doenças (ver Tristeza Parasitária), perda da qualidade do couro e favorecimento de bicheiras.
Este parasita possui duas fases de vida: uma no animal e outra não parasitária, na pastagem. Os animais são infestados quando entram e contato com hastes de capim onde os carrapatos ficam instalados. Os bezerros, como ocorre em todas as doenças parasitárias, são os mais suscetíveis.
Como reconhecer
O diagnóstico da doença se faz pela constatação da presença dos carrapatos. Os animais parasitados se tornam inquietos e não se alimentam corretamente. Ocorre então, emagrecimento e queda na produção de carne e leite. Há também irritação da pele no local da picada e anemia em decorrência da perda de sangue.
Como tratar
Para tratamento podem ser utilizados produtos carrapaticidas na forma de pulverização ou imersão (piretróides, organofosforados e amidinas), "pour on" (piretróides) ou avermectinas (ivermectinas). A utilização destes medicamentos porém deve ser feita segundo o controle estratégico.
Como evitar
Por incrível que pareça, não convém que os carrapatos sejam totalmente eliminados numa propriedade. Devem ser mantidos em um nível tolerável que proporcione equilíbrio entre a resistência do animal e as doenças por ele transmitidas. Para manter o parasita em nível satisfatório é necessário estabelecer uma estratégia de controle, concentrando os banhos carrapaticidas (5 a 6 banhos com intervalos de 21 dias).
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CARBÚNCULO SINTOMÁTICO

Mais conhecido como peste-de-manqueira ou manqueira e também, mal do ano; edema maligno etc. É produzida pelo Clostridium septicum e ataca animais de todas as idades ( e todas as espécies de campo), principalmente no tempo quente. Em geral caracteriza-se por tumefações crepitantes dos músculos, especialmente nos quartos traseiros e nas paletas.
O Clostridium septicum, produz esporos altamente resistente ao calor, frio; dessecação e produtos químicos, de modo que os micróbios podem viver durante muito anos em um pasto e a doença reaparece por muitos e muitos anos.
As bactérias, em geral, penetram no organismo através de escoriações e pequenos ferimentos produzidos por espinhos ou arame farpado. Como são anaeróbicos, os germes não se multiplicam em presença do ar, razão pela qual raramente penetram por feridas abertas. A morte geralmente ocorre depois de 12 à 36 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas da enfermidade.
SINTOMAS
Começa com uma manqueira similar ao “mal-de-paleta”, virtude de feridas infectadas da pele e dos pés. Há perda de apetite, febre alta, cólicas, respiração acelerada, apatia, dispnéia e os característicos tumores crepitantes (tumefações gasosas), quentes e dolorosas. Da ferida infectada pode sair um líquido avermelhado. Os tumores parecem mais freqüente no pescoço, paletas, peito e flancos. O interior da boca apresenta coloração escura.
As tumefações são inicialmente limitadas e dolorosas, podem logo aumentar de extensão. Quando os tumores são pressionados produzem uma crepitação, como se houvesse areia debaixo da pele, resultante do gás produzido nos tecidos pelos micro-organismos. Quando a morte se aproxima, o animal não pode levantar, apresenta tremores musculares e até fortes convulsões. Logo após a morte, o corpo do animal se distende com o gás e suas pernas ficam abertas e tesas.
PROFILAXIA
Vacinas sistemática. A imunidade produzida pela vacinação com animais de seis meses de idade, recebem proteção suficiente. Os vacinados antes dos seis meses precisam ser vacinados novamente. Os cadáveres de animais vitimados devem ser logo queimados e os locais energicamente desinfetados, assim como os materiais que possam transportar material virulento. Os esporos são resistentes e de difícil destruição.
TRATAMENTO
Quando é possível o tratamento deve ser feito a base de antibióticos e sulfas. Convém chamar um médico veterinário.
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CARBÚNCULO HEMÁTICO

O Carbúnculo é uma doença contagiosa que ataca todos os médios e grandes animais, inclusive o homem e, geralmente é mortal. Entretanto os eqüídeos são menos atingidos que os ruminantes. É produzida pelo Bacillus anthracis e, este micróbio encontra-se, principalmente, onde já ocorreu a doença, pois seus esporos permanecem no solo por vários anos. Geralmente estes esporos provêm de animais carbunculosos enterrados no campo, sem o devido cuidado e trazidos à superfície pelas minhocas. As fezes e sangue dos animais que estiverem na pastagem são infectados.
É uma doença comum de animais mantidos em regime de pasto, porém, pode surgir em estábulos por feno contaminado adquirido em áreas onde ela ocorre.
O carbúnculo pode aparecer em qualquer lugar, porém em certas regiões existem focos onde ele se manifesta com freqüência. Em terrenos pantanosos e em áreas com muita matéria orgânica em decomposição, os esporos podem viver por tempo prolongado, durante anos. Os bacilos, porém, são pouco resistentes ao calor e à dessecação. Infelizmente o esporo é o elemento responsável pela maioria das infecções.
SINTOMAS
Nos eqüídeos, a enfermidade em geral apresenta forma relativamente benigna, com os seguintes sintomas: cólicas fortes; edemas do peito, pescoço e da região faringeana. Também podem ocorrer: depressão, febre alta, dispnéia, edemas subcultâneos no tórax e no pescoço, cólicas, faringite, hemorragia nasal e manqueira. A morte, quando ocorre, as vezes é tão rápida que não se percebem os sintomas nos animais a campo. Nos casos fulminantes, a morte pode ocorrer em 24 e 48 horas e, nesses casos, observam-se os edemas (tumefações), diarréia sanguinolentas, cor de chocolate, e os animais se deitam com convulsões e dificuldades respiratória. Os cadáveres incham rapidamente e então observam hemorragias pelas aberturas naturais. O sangue é escuro e de difícil coagulação. Só estes sinais identificam a doença.
Os animais são contaminados através dos intestinos; água; escoriações; picaduras de insetos infectados e inalação do agente infeccioso. Os urubus podem transportar a doença a grandes distâncias. O homem pode ser infectado durante uma necropsia ou manipulação de couros, chifres, lã e cadáveres de animais vitimados pela enfermidade.
A necropsia é perigoso, sendo preferível, caso de se pretender um diagnostico de laboratório, enviar um esfregaço de sangue ou um osso da canela, muito bem protegido. O cadáver deve ser incinerado ou enterrado no mesmo local, aplicando na sepultura uma boa quantidade de cal.
PROFILAXIA
Emprego da vacinação. No entanto, a escolha do produto deve ser feita por um médico veterinário pois depende da região e situação que se apresenta. Em toda propriedade onde tenha ocorrido casos de carbúnculo, ou mesmo na vizinhança, os animais devem ser vacinados no mês de Agosto, pois geralmente o carbúnculo aparece em Outubro. A imunização requer 20 a 30 dias.
TAMBÉM SÃO RECOMENDADAS AS SEGUINTES MEDIDAS:
  • notificação de qualquer caso às autoridades sanitárias mais próxima;
  • cremação perfeita do cadáver no próprio lugar da morte;
  • isolamento dos pastos contaminados;
  • desinfecção energética ou queima dos objetos e utensílios contaminados;
  • tratamento dos animais doentes com doses adequadas de soro anti carbúnculo;
  • vacinação sistemática de todos os animais são na região exposta à doença;
  • drenagem e saneamento das áreas pantanosas.
TRATAMENTO
Quando há tempo, o soro anticarbunculosos produz resultados. No caso de suspeita chamar o médico veterinário o mais urgente possível.
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