sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

FEBRE AFTOSA

A Febre Aftosa ainda é o grande problema da pecuária brasileira. Só que hoje, mais do que uma doença do gado, ela é a doença de um país. É bem possível que o jovem criador ou o peão nunca tenham visto uma vaca "afetada" (assim se denominavam os animais com sintomas de aftosa). Afinal de contas, são mais de 30 anos de vacinação obrigatória.
A febre aftosa é causada por um dos menores vírus encontrados na natureza (aftovirus). Sua capacidade de disseminação é impressionante: pela água, com os ventos, na sola da bota, na roda do caminhão e principalmente de animal para animal.
Bovinos, cabras, ovelhas e porcos transmitem entre si a doença. Nesta lista também entram vários animais da fauna brasileira, como o veado, a capivara, porcos do mato, entre outros.
Atenção: o homem não está na lista. O vírus da febre aftosa não consegue infectar as nossas células. Existe sim, uma doença bastante comum, chamada Estomatite Herpética Aftosa que provoca aftas na boca do humano que é causada por outro vírus completamente diferente.
A saliva do animal doente não é a única fonte de vírus para o ambiente, mas com certeza é a mais potente. Em geral é ela que contamina caminhões, aguadas, instalações, currais, cochos de sal e ainda gera gotículas que facilitam a disseminação de animal para animal.
Como reconhecer

Febre é o primeiro sintoma. Quem lida com o rebanho percebe logo no começo do surto a presença de animais arrepiados, tristes, diferentes. Logo começam a surgir as aftas (na verdade vesículas) na boca, língua, gengiva, nos cascos, úbere, vulva, etc. Estas vesículas são bolhas cheias de líquido muito rico em vírus.

As conseqüências dessas lesões são sérias. As feridas nos cascos e na boca, junto com a febre, vão impedir o animal de pastar. Há perda de peso em torno de 10 a 15% e a quebra d leite pode ser de até 60%. Além disso, leva de 4 a 6 meses para o animal recuperar seu potencial de conversão alimentar, reprodução e fertilidade.
Esses sintomas são quase inconfundíveis, porque existem outras doenças que podem levar a quadros muito semelhantes, como a Estomatite Vesicular e a Rinotraqueíte Infecciosa dos Bovinos (IBR). O diagnóstico diferencial, portanto, é muito importante. À medida que a erradicação evolui, torna-se cada vez mais vital fazer a identificação correta.
Mandar material para o laboratório é fundamental. Seu veterinário saberá como coletar e para onde mandar as amostras. Não deixe de fazê-lo.
Como tratar
O tratamento deve ser feito com a aplicação de soluções antissépticas nas feridas da boca e úbere. Os cascos, se possível, devem ser protegidos com bandagens. Os animais em tratamento porém, devem ser rigorosamente isolados pois são em fonte de infecção para outros animais.
Como evitar
Hoje em dia combater a aftosa é uma questão de consciência. A erradicação na sua propriedade e no país vai acontecer quando duas medidas básicas se tornarem automáticas: vacinação e vigilância sanitária.
Com relação às vacinas, o criador pode ficar tranquilo. O controle rígido do governo e a busca da qualidade dos laboratórios fizeram com que o pecuarista tivesse à disposição as vacinas mais cuidadosamente produzidas no mercado. O esquema para manter o rebanho protegido deve seguir algumas regras:
1. Mantenha as matrizes sempre bem imunizadas para ter bezerros protegidos;
2. Vacine os bezerros aos 4 meses de idade e dê o reforço 90 dias depois;
3. Revacine todos os animais a cada 6 meses.
Para maior segurança, faça uma vacinação extra de seus animais que vão a leilões, feiras e exposições. Nessas ocasiões o gado poderá estar entrando em contato com os animais não protegidos, que podem estar incubando a doença. Nunca deixe para vacinar na hora do evento.
Animais recém-nascidos devem ser vacinados e ficar isolados do resto do rebanho por aproximadamente 15 dias, especialmente em se tratando de novilhas e garrotes.
A critério das autoridades sanitárias e, sob a responsabilidade delas, poderão ser adotados outros esquemas de vacinação.
No que diz respeito à Vigilância Sanitária todos sabem que é uma função do governo, mas a responsabilidade é de todos. Nos últimos anos, a cooperação entre produtores, empresas privadas e órgãos oficiais tem sido motivo de excelentes resultados no campo.
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